Frente a essa decisão, podem surgir questionamentos; sobre o momento certo, se serão aceitos pela família, se vai sofrer preconceitos dentro do ambiente familiar, serão compreendidos ou expulsos de casa, sofrerão algum tipo de privação emocional, afetiva ou financeira.

A homossexualidade é uma forma possível de expressão da personalidade e da sexualidade humana, como qualquer outra, seja heterossexual, homossexual ou bissexual.

E o que causa sofrimento não é ser homossexual, e sim, o preconceito da sociedade, gerado pela homofobia e consequentemente a não aceitação da própria sexualidade.

Embora seja libertador poder exercer a livre expressão da sexualidade, compartilhar a orientação afetivo sexual com a família pode não ser uma decisão fácil.

Esse momento muitas das vezes é cheio de dúvidas, inseguranças, ansiedades, medos e vergonha para a população LGBT, que frente a orientação afetiva sexual se vê no momento de “sair do armário”.

Essas são questões muito sensíveis para serem decididas dentro de um pequeno texto. E embora existam algumas possibilidades que possam trazer uma reflexão sobre o momento mais propício.

Não existe uma regra que possa valer para todas as pessoas, mas algumas precauções podem tornar esse momento mais assertivo.

O Momento de Sair do Armário

É fundamental se sentir preparado (a) psicologicamente, emocionalmente e financeiramente, pois a família pode demonstrar comportamentos de não aceitação da orientação homoafetiva, e reagir manifestando agressividade física, psicológica, abandono; privações emocionais e financeiras.

É crucial sentir que, é o seu momento, e que essa decisão é a mais acertada para essa ocasião em que está vivendo agora. E isso, só você poderá saber mais que qualquer pessoa.

Quando analisamos as questões de independência, fica mais delicado se tratando de pessoas menores de idade que ainda não têm meios financeiros para se manter sozinhas, se houver rejeição por parte da família.

Essa decisão deve ser bem elaborada, aos olhos da realidade, e, portanto, exige cautela e maturidade emocional.

É crucial analisar todas as possibilidades que estão sob o seu domínio e aquelas que demandam do meio externo/família.

Nesse momento é vital contar com suporte e acompanhamento psicológico e pessoas que possam dar apoio. Contar com amigos LGBTS que passaram por situação semelhante e que podem ser um suporte.

Apoio Familiar

O apoio familiar é muito importante para lidar com os conflitos internos e preconceitos da sociedade. Pessoas que têm o apoio familiar passam por essa descoberta de forma mais saudável e de uma maneira mais leve possível, gerando menos angústias e sofrimentos.

O que causa sofrimento não é a homossexualidade em si, mas a não aceitação e discriminação por parte da família e sociedade.

Para que possamos ter saúde mental e emocional, é fundamental autonomia, para a livre expressão sexual e emocional.

Maxuel Matos - Psicólogo | Sexólogo