Crise de identidade masculina
A crise de identidade masculina, não é um fato novo, mas em cada época, tem a sua peculiaridade, e com isso, surge novas possibilidades de enfrentamento.
A forma que o homem se comporta e se percebe hoje, é um reflexo da construção da identidade ao longo dos séculos.
De tal maneira, quando a masculinidade é percebida por nós homens, de forma expansiva e em constante transformação, pode nos levar a desfrutar de equilíbrio mental e emocional.
Mas, quando isso não acontece, e não há a capacidade de resiliência, de mudar a visão interior e, de lidar com novas configurações sociais.
Como por exemplo, o empoderamento feminino, tanto na sexualidade, quanto no mercado de trabalho.
O homem pode enfrentar uma crise de identidade e, se ver diante de dificuldades emocionais e de relacionamentos.
A crise da identidade masculina e suas bases
Identidade é a maneira como a pessoa se percebe, se identifica e, se apresenta para o mundo.
E, é construída por meio de componentes psicológicos, sociais e biológicos.
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As características psicológicas são exteriorizadas na relação intrapessoal, do homem com ele mesmo, como se percebe, com qual tribo se identifica. E como percebe as pessoas ao seu redor, a partir do seu olhar.
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Já o contexto social, vai demandar sobre as atitudes que são esperadas do sexo masculino, para isso, o homem procura se adequar ao que é esperado dele, por exemplo, “homem não chora”, “o homem é garanhão” e por aí vai.
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O aspecto biológico influencia as características físicas e hormonais; altura, estrutura óssea, o que diferencia o sexo masculino do feminino.
Todos esses aspectos, formam um conjunto de imagem masculina, e óbvio, o que é esperado do homem.
Como surgiu a crise de identidade masculina?
Ao longo dos séculos, o papel que o homem ocupava vem sofrendo grandes modificações.
O homem, sempre se colocou em um lugar de sexo forte, e estava a frente das atividades braçais, intelectuais e políticas.
A mulher, por sua vez, era submissa ao homem e, ocupava somente o espaço doméstico, não tinha direitos, nem mesmo sobre a sua sexualidade.
Esse modelo é pouco usual nos dias atuais, como também, não dá para ficar imutável.
Com os movimentos feministas, as mulheres tiveram ganhos fantásticos, com relação a sua autonomia, o poder do voto, estar inserida no mercado de trabalho; manter sua casa sozinha, direito em ser mãe independente.
Frente às mudanças, alguns homens ainda não conseguiu ajustar seu time interior, para se adequar à nova realidade.
E com isso, entram em crise existencial.
Consequências psicológicas da crise de identidade
É notório, a insatisfação de alguns homens, com a autonomia da mulher.
E, isso repercute de forma negativa nos relacionamentos, onde se deparam com mulheres independentes e autônomas.
A cristalização do “Eu” interior à mudanças, gera conflitos com relação a masculinidade e a virilidade.
Isso pode trazer consequências negativas para a saúde emocional, acarretando baixa autoestima, ansiedade e sentimentos de frustração.
Além das dificuldades psicológicas. A crise de identidade pode levar a dificuldades sexuais, como ejaculação precoce, baixo desejo sexual e impotência sexual.
Resiliência a crise de identidade masculina
É crucial, para ter saúde mental e emocional, se adaptar, porque a evolução que as mulheres alcançaram, não voltará atrás.
Afinal, a relação, é de dois seres humanos, e isso indifere de gênero, masculino e feminino.
Os homens que desenvolvem a capacidade de se adaptar, a novas configurações, desfrutam de mais saúde emocional e sexual.
Experienciam maior satisfação com a vida, além de terem relacionamentos mais estáveis e duradouros.