Masturbação:Uma maneira de obter mais prazer
A masturbação faz mal? Torna a pessoa viciada e a perder o interesse no sexo a dois? Causa disfunção sexual? É pecado?
Por muitos séculos a masturbação é vista com um comportamento proibido e reprimido. Seja pelas religiões que impregna a crenças que isso é feio, ruim, causa doenças, é algo sujo, não vai para o céu quem pratica.
Lógico que devemos levar em consideração o momento histórico e da evolução humana, quando essas “regras” foram estabelecidas. O sexo só era permitido para a procriação, logo se o homem desperdiçasse o sêmen, a reprodução seria prejudicada. Hoje sabemos que o sêmen não é algo esgotado pela masturbação.
O conhecimento científico, também foi responsável por perpetuar alguns dos mitos a esse respeito, pois não conhecíamos a sexualidade humana da maneira que conhecemos hoje.
Não é de se estranhar que muitos acham que a masturbação causa espinha, ejaculação precoce, disfunção erétil a famosa impotência sexual. Se isso não bastasse muitos casais consideram a masturbação uma traição. E ainda, a mulher de “família” não se masturba. Isso é coisa de homem.
Mal sabem que a masturbação contribui para o conhecimento do próprio corpo e as zonas erógenas. Logo, se você conhece seu próprio corpo, terá mais chances de ter uma vida sexual satisfatória.
Por isso, digo, sem sombras de dúvidas que a masturbação é um ato de amor próprio. E é possível descobrir e despertar o seu maior potencial para se expressar de forma saudável e prazerosa nas relações afetivas sexuais, das quais não incluem somente o ato sexual em si, todo o corpo é erótico. Explore os prazeres proporcionados pelos órgãos dos sentidos; ver, ouvir, sentir, paladar.
Só é possível saber, o que gosta mais, ou o que gosta menos, experimentando!
É óbvio que, se tratando das questões da sexualidade, não é diferente. E é de fundamental importância respeitar os seus próprios limites e desejos. Não é só porque todos fazem que você deva fazer.
Experimente somente aquilo que se sinta à vontade fazendo!
Quando você conhece seu corpo e desejos, é possível direcionar o parceiro (a) para que ele (a) atinja seus pontos mais sensíveis e prazerosos.
Na relação sexual, cada um se torna responsável pelo seu prazer. E o intuito é que seja uma relação satisfatória para ambos, e isso só será alcançado se você conhecer o seu corpo.
O parceiro (a) não tem a obrigação de conhecer seus pontos “erógenos” de prazer. Ensine, direcione!
Se você mesmo não conhece o próprio corpo! Imagina que responsabilidade para o outro e irresponsabilidade consigo mesmo, delegar o seu prazer ao outro. Pense nisso!
É consenso na sexologia e terapia sexual que a pessoa tem maiores chances de ter uma relação sexual satisfatória, quando conhece o próprio corpo e se sente mais à vontade para manifestar seus desejos.
Para o homem, quando bem direcionada, pode proporcionar maior controle ejaculatório, conseguindo segurar a ejaculação por tempo satisfatório na relação sexual.
Para a mulher, traz maior conhecimento do próprio corpo, identificação das áreas sensíveis e prazerosas do aparelho genital, maior facilidade para chegar ao orgasmo, sozinha ou com o parceiro (a). A masturbação não tem contra indicação, sendo umas das formas mais eficientes para atingir uma relação sexual satisfatória, prazerosa e com orgasmo, é óbvio.
Na prática clínica, a masturbação é indicada para pacientes que desejam melhorar a performance sexual e para aqueles que apresentam algum tipo de dificuldade sexual.
A masturbação não traz nenhum malefício para a saúde física e emocional. Desde que não seja excessiva.
Maxuel Matos - Psicólogo | Sexólogo