Parafilia: Quando o Fetiche se Torna um Problema 

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Parafilia: Quando o Fetiche se Torna um Problema 

 O fetiche pode ser entendido como o interesse específico por algum tipo de objeto ou situação, capaz de gerar prazer e excitação sexual.  

Algumas pessoas têm interesse por partes específicas do corpo, como pés, mãos etc. 

Em alguns casos os fetiches tomam proporções maiores do que a pessoa gostaria e traz consigo sofrimento intenso, para si ou à terceiro. 

O fetiche se torna um problema, quando a única forma da pessoa obter prazer erótico e sexual se resume, única e exclusivamente a essas práticas incomuns. 

 Nos casos de fantasias eróticas e fetiches, há uma variação no repertório de envolvimento, a pessoa consegue sentir prazer e excitação fora desse contexto. Ao contrário das parafilias e do transtorno parafílico.

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O transtorno parafílico 

O transtorno é associado à orientação sexual e práticas incomuns voltadas para objetos ou situações que fogem ao padrão convencional.  E o envolvimento sexual e emocional da pessoa se torna restritos, e só consegue excitação com o uso das fantasias ou objetos específicos. 

É comum surgir fantasias ou impulsos sexuais intensos que estão relacionados a objetos não humanos, humilhação de si mesmo ou de outros e envolvimento com pessoas que não consentem as práticas sexuais, inclusive com crianças.

A parceria de pessoas com esse transtorno, costumam sofrer por se sentirem objetos e por não compartilharem das fantasias. 

Muita das vezes se sentindo usadas e sem importância na relação sexual, já que  atenção e envolvimento do outro está totalmente nos componentes envolvidos e não na troca, e conexão entre duas pessoas.

Vale lembrar que existe uma diferença, entre parafilia e o transtorno parafílico. Todo transtorno parafílico caracteriza uma parafilia, mas nem toda parafilia pode ser entendida como um transtorno. Veja abaixo a característica da parafilia!

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Parafilias 

Na parafilia a pessoa apresenta práticas e expressão sexual, que fogem do comum, e do tradicional. 

Enquanto esse interesse específico, não causar sofrimento para si ou para terceiros, e não haver o envolvimento em práticas que são consideradas crimes e, onde a outra pessoa é incapaz de consentir, não há um problema a ser tratado.

 

Transtornos parafílicos mais comuns

Esses são considerados transtornos parafílicos, pois não contam com o consentimento da outra pessoa e muitas das vezes vem acompanhado de um sofrimento intenso ou esbarram em implicações legais.

  • Transtorno de voyeurismo - sentir excitação sexual ao ver uma pessoa nua ou se despindo e até em envolvimento sexual, sem que ela perceba

  • Transtorno de travestismo - sentir excitação sexual ao usar roupas do sexo oposto 

  • Transtorno de exibicionismo  - excitação sexual ao expor os órgãos genitais ou atividade sexual, para outras pessoas desprevenidas, que não estão esperando por isso

  • Transtorno de pedofilia, que além de ser um transtorno, é considerado crime

  • Transtorno de masoquismo sexual - pessoas que sentem prazer sexual ao serem humilhadas e agredidas fisicamente

  • Transtorno de sadismo sexual - Pessoas que sentem prazer em infligir dor e sofrimento a outra, como forma de obter prazer sexual

  • Sexo com cadáveres, animais etc.

 

Tratamento 

O tratamento do transtorno parafílico envolve a compreensão dos pensamentos, emoções e comportamentos. Assim como a história de vida que contribuiu para o desenvolvimento ou que contribuiu para a manutenção do transtorno.

O olhar do psicólogo, é um olhar empático, sem julgamentos, sem opiniões pré-concebidas.

É um trabalho baseado na colaboração e parceria, buscando conduzir o paciente a entender seus pensamentos e emoções, para que consiga chegar a soluções mais assertivas e viver uma vida mais livre, e uma sexualidade sem sofrimentos e embaraços legais.

 

 

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Maxuel Matos - Psicólogo | Sexólogo