O acesso a material pornograficou, nunca foi tão fácil como é hoje. Não é atoa, que conteudos pornograficos é os mais acessados na web.

A facilidade em ter nas mãos um smartphone ou computador, contribui e estimula o consumo.

Com toda essa facilidade de acesso, a qualquer momento, o consumidor tem mais propensão a se tornar um usuário  frenético e compulsivo de pornografia online.

O que pode ser influenciado pelo estilo de vida e de personalidade.

O cérebro e o vício em pornografia

A compulsão sexual é semelhantes a outros tipos de vícios, que envolve a região do cérebro, responsável pelo prazer e gratificação.

Nessa região, ocorre a liberação de dopamina que é estimulada pelas imagens, excitação, masturbação e o orgasmo.

Isso leva ao “condicionando” do cérebro, ao prazer e gratificação instantânea.

É marcado também pela adaptação, e a pessoa tem que consumir cada vez maior quantidade para gerar o mesmo efeito que no início.

Outro fator característico é a  abstinência, reação  física e psicológica ao ficar sem consumir.

Pensamentos do viciado em pornografia

A pornografia também é marcada pelos pensamentos permissivos, que surgem com frequência e de forma repetitiva.

Esses pensamentos, tornam justificável, qualquer situação para realizar o desejo e saciar a vontade, “se está só, pode acessar material pornografico”, “se não tem namorada (o), pode acessar e quando começar a namorar vai parar”, e assim por diante.

Os pensamentos repetitivos levam ao comportamento compulsivo, mesmo que racionalmente à pessoa perceba as consequências negativas, ela não consegue parar.

Quem está mais suscetível a pornográfia

Esse tipo de vício é mais frequente nos homens, do que em mulheres.

Alguns estudos relacionam, cerca de  84% dos homens e 15% das mulheres consomem material pornográfico.

E ao acessar esse tipo de material, os homens têm preferência em se satisfazer solitariamente com a masturbação.

Em contrapartida as mulheres,  preferem chats e bate papo, com conteúdo mais erótico para aflorar a imaginação e fantasiar para praticar com seus parceiros (a).

Consequências negativas do vício em pornografia

• Expectativas sexuais irreais, por exemplo, achar que deve e pode fazer tudo que vê nos filmes

• Disfunção erétil, não é atoa que todo site pornô, tem produtos para “tratar” a impotência sexual, ocasionada muitas das vezes pelo vício em pornografia! Não caia nessa furada. Não nos curamos no mesmo ambiente em que adoecemos!

• Perda temporária da sensibilidade do pênis ou do clítoris

• Ejaculação retardada, quando a pessoa não consegue gozar em uma relação sexual real

• Ejaculação precoce “rápida”

• Compulsão sexual

• Crise de abstinência

• Diminuição do interesse sexual com parceira (o) real  

• Menor satisfação nos relacionamentos

• Insatisfação sexual

• Desvalorização e objetificação do outro (sexo oposto). A outra pessoa serve apenas para o prazer sexual

• Pouca ou nenhuma conexão e intimidade emocional com a parceira (o)

• Sexualidade voltada para os órgãos genitais, pouca habilidade em explorar outras formas de prazer, que não seja a genital.

Tem algum efeito positivo consumir pornografia?

Por outro lado, não existe só efeitos negativos associados ao consumo da pornografia.

Os filmes pornos podem ser uma maneira de conhecer mais sobre sexualidade, explorar as fantasias e desejos eróticos e apimentar a relação  com sua parceira (a).

Além disso, proporciona maior desinibição sexual; atitudes menos repressivas no contexto sexual e maior capacidade em comunicar os desejos sexuais

Psicologia e o tratamento para vício em pornografia

Como em qualquer outra compulsão, exige acompanhamento especializado.

A terapia contribui para readaptar o cérebro, “descondicionar “ ao prazer solitário e, restabelecer comportamentos mais funcionais, que garantam a satisfação e autonomia sexual.

O processo tem como foco

• Estimular e manter a abstinência à pornografia

• Atividades física prazerosas que estimulem a produção de dopamina naturalmente

• O estabelecimentos de vínculos sociais saudáveis

• Fortalecimento dos laços afetivos e emocionais com parceira (a)

• Meditação e controle da ansiedade

• Nas relações sexuais, aumentar o foco nas preliminares, ao invés dos genitais e penetração

• Estabelecimento de metas para a vida a curto, médio e a longo prazo

Maxuel Matos - Psicólogo | Sexólogo